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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Ensino e Covid-19

 

O ensino e a pandemia: era tudo uma mentira? Ou a pressão foi grande demais?


Realmente, a população fica no meio de tantas informações conflitantes, que deixam as pessoas desnorteadas, em dúvida sobre a veracidade da força do coronavirus no Brasil, apesar dos acontecimentos mundiais. Começa-se pelos Ministros da Saúde que saíram do governo por divergências com o presidente, que é negacionista confirmado. O atual ministro, que é general da ativa, segue as orientações do presidente, embora não se possa defini-lo como um negacionista.

Nesse período eleitoral que se aproxima houve uma diminuição de notícias sobre a Covid-19, colocando mais dúvidas na realidade que nos foi desenhada, apesar do número de mortes apresentadas diariamente e pela falta de uma vacina efetiva. As mortes até então divulgada são alvos de discussão, de contestação por uma boa parte da população; a metodologia utilizada não ficou tão clara, bem como as explicações sobre a força desse vírus, já que para muitos é só uma fraca gripe. Soma-se a isso as ações dos negacionistas, que são pessoas influentes, inclusive promovendo carreatas e manifestações públicas, nas principais cidades brasileiras, durante a pandemia.

No Espírito Santo não foi diferente. Houve uma pressão para que as pessoas esquecessem dos valores de suas vidas, colocando-as em risco. Para isso, manifestantes exigiam a volta das atividades econômicas e também que se acabasse com o distanciamento social. Bom, isso acabou acontecendo próximo das eleições municipais para prefeitos e vereadores, bem como nos outros estados da região sudeste. Hospitais de campanha foram desmontados e em vários estados a corrupção de fez presente.

Próximo ao período eleitoral, ao que parece, os políticos brasileiros, imprensa e o vírus combinaram uma trégua. Vale destacar que o governador Renato Casagrande resistiu o quanto pode a todas as pressões, de fortes grupos econômicos, mas, não poderia resistir eternamente, mesmo porque grande parte da população também pedia a volta das atividades normais. Além disso, não montou hospitais de campanha, o que indica que foi um bom gestor na crise.

Recentemente, vários governadores decidiram liberar a volta as aulas, dentre eles Zema, de Minas Gerais, João Dória, de São Paulo, Cláudio Castro, Rio de Janeiro e Renato Casagrande, do Estado do Espírito. No Espírito Santo ficou definido durante coletiva de imprensa, que a partir do dia 5 de outubro de 2020 as aulas poderão voltar normalmente. A decisão vale para as instituições de ensino pública ou privada e em todos os níveis, em cidades definidas como de baixo risco de contaminação. Essa decisão foi tomada, faltando, então, praticamente dois meses e meio para o fim do ano letivo.

Na realidade o Governador liberou a possibilidade de volta as aulas, mas, os prefeitos é quem irão decidir se voltarão ou não de fato, pois é uma decisão a ser tomada por eles. O que os govenadores fizeram foi criar uma possibilidade para que ocorressem essa volta às aulas, já que as leis, decretos municipais não podem se sobrepor às leis de Estado, assim como as leis de Estado não podem se sobrepor às leis federais.

A questão é: se nossa educação está estagnada, conforme notas obtidas no Pisa 2018 e anteriores, vale a pena arriscar a vida de pessoas nesse momento? Ao que tudo indica os governadores cederam a pressão dos partidos e dos prefeitos, bem como das associações econômicas que aproveitaram a oportunidade e juntaram forças com os partidos políticos interessados nas eleições.

É estranho termos um ano em que o isolamento social, a higienização e o uso de máscaras sempre foram apontadas como a solução, prevenção contra a covid-19. De uma hora para a outra tudo se resolve e não se fala mais nisso, havendo desmontes dos hospitais de campanha e liberação geral, mantido os protocolos. Mas, não seria hora de melhorarmos nossa educação aproveitando as oportunidades do uso de tecnologias e acertando os pontos onde faltam estruturas para utilizá-las?

Mesmo com o protocolo a ser utilizado pelas instituições de ensino, o uso de ensino híbrido, revezamento de alunos nas salas de aula, distanciamento social, etc., tudo se perde na prática, principalmente com os estudantes de menor idade ou mesmo com os adultos negacionistas. Bom informar que os pais podem optar por não deixarem os filhos irem para as escolas, o que é um direito da família, e pelo que consta o Ministério Público e a Defensoria Pública concordam com essa condição, em todas as instituições de ensino, deixando os filhos destes últimos com atividades remotas.

Independente de se ter que ir as aulas todos os dias ou um dia da semana, o risco sempre estará presente. Interessante essa postura dos governadores e secretários uma vez que temos conhecimento da segunda onda em vários países da Europa, justamente quando da liberação do distanciamento social e da volta às atividades normais.

Na realidade essa decisão dos governadores brasileiros é mais política do que técnica. Sem justificativa para a liberação de todas as atividades, inclusive as atividades escolares, uma vez que somente a higienização, o distanciamento social e uso de máscaras são as principais armas contra a Covid-19 e nada mudou até então. Portanto, o vírus continua livre e solto, esperando oportunidades para que uma nova onde ocorra; ou, então, os negativistas estavam certos: é só uma gripezinha. Portanto, em resumo, é uma decisão política, onde os prefeitos poderão liberar as atividades econômicas e, ainda, aumentarem o capital político, certamente um bom negócio em época de eleições.


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