Ensino: mobilidade social é prejudicada pela corrupção e má gestão na área de educação:
Infelizmente, a área de educação é uma das mais visadas para desvios de recursos públicos.Rodrigues et al. (2020)
realizaram um estudo com o objetivo desta pesquisa foi analisar os fatores
socioeconômicos e políticos que influenciaram a ocorrência de corrupção e má
gestão nos gastos com o ensino básico nos municípios brasileiros.
Os
resultados do estudo apontaram que existe relação significativa entre os
fatores políticos e socioeconômicos e os mecanismos de participação social com
a ocorrência de desperdício de recursos nos gastos com o ensino básico nos
municípios brasileiros. Isso é extremamente grave, pois envolve sociedade,
recursos públicos, sonhos de uma vida, prejudica a diminuição da desigualdade e
a mobilidade social. É um crime, mesmo sendo uma má gestão, e cabe ao político eleito
colocar pessoas que tenham capacidade para gerenciar recursos. Para melhorar a
gestão de recursos públicos é preciso que a sociedade organizada esteja atenta
a todos os projetos, programa, ações que consumam recursos públicos e que tenham
impacto na educação, tema que aqui se discute. Os políticos só mudam suas
atitudes de acordo com as variações seu capital político.
Claro
que nem é preciso escrever que os conselhos ligados à área da Administração (CAE,
CACS-Fundeb) precisam ser ativos, operantes, vigilantes, informados, competentes.
Sem um conselho ativo, os desvios são inevitáveis, na maioria das vezes. Assim
como o controle social também deve estar ativo, monitorando, divulgando,
alertando as autoridades em casos duvidosos, pois é uma área relevante e que
representa o passaporte para realização de sonhos de famílias, dos jovens.
Outro
ponto é saber escolher o candidato, pois ele tem as opções de evitar a
corrupção e de colocar pessoas competentes para gerenciar os recursos públicos.
Para isso é preciso pesquisar, acompanhar a vida do candidato, pois o corrupto
não age sozinho, tem uma legião com ele. Depois de eleito, por pertencer ao
crime organizado, utilizando a estrutura do ente da federação, não se importam
com seu eleitorado, já que estes dificilmente terão conhecimento e tempo suficientes
para monitorarem, detectarem e divulgarem as anomalias (roubos mesmo) que
possam estar ocorrendo.
Para
evitar má gestão e corrupção os órgãos de controle interno, externo e controle
social deveriam agir com mais rapidez e em períodos menores, o que acaba não
acontecendo dada a estrutura que se tem. Com isso fica favorecido a má gestão e
a corrupção, que é o que temos mais lido nos últimos anos, infelizmente.
Em
resumo, a verba destinada para a educação, neste artigo foi a educação básica,
os recursos aplicados não são os que constam efetivamente no orçamento na
função educação, ou seja, existem a má gestão, ou seja, os recursos são
aplicados de forma errada, não impactando no processo de ensino-aprendizagem; ou
são desviados por diversos artifícios por integrantes de criminosos. Em todo os
dois casos, fica prejudicada o ensino de qualidade.
Referência
Rodrigues, D. S., Faroni,
W., Santos, N. D. A., Ferreira, M. A. M., & Diniz, J. A. (2020). Corrupción
y mala gestión en los gastos en educación: factores socioeconómicos y
políticos. Revista de Administração
Pública, 54(2), 301-320.
Venturim Caldas, O., Machado
Costa, C., & Sanches Pagliarussi, M. (2016). Corrupção e composição dos
gastos governamentais: evidências a partir do Programa de Fiscalização por
Sorteios Públicos da Controladoria-Geral da União. RAP: Revista Brasileira de
Administração Pública, 50(2).
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