Educação: o orçamento da educação vem perdendo verbas já a bastante tempo.
Estamos vivendo no Brasil, desde 2014,
discussões e decisões que nos levam a um caminho contrário ao que tivemos, por
exemplo, com a Emenda Constitucional n.º 59 de 2009, que recompôs verbas parar
a educação ao determinar o fim gradual da incidência da desvinculação das
receitas da União (DRU) sobre os recursos federais para a educação. Isso vinha
ocorrendo desde 1994 e foi extinta totalmente em 2011. Antes da EC n.º 59/2009,
20% dos recursos destinados para a educação eram desvinculados. Como resultado,
a partir de 2009, o orçamento da educação é aumentado em
cerca de R$ 9 bilhões.
Se somarmos as
retiradas de recursos para a educação, a má gestão de recursos públicos
(qualidade dos gastos) e a corrupção, fica mais fácil para entendermos o motivo
de sermos mal avaliados no PISA, por exemplo. A retirada de recursos, somados a
má gestão e corrupção levam ao não investimentos em estruturas físicas e em
capacitação dos profissionais da educação, levando ao resultado que temos
obtidos desde 2000 no Pisa.
Se não considerarmos
que educação é um bem meritório (ver Musgrave, 1987), um
investimento, um ativo, viveremos eternamente neste crescimento
comparado do voo de galinhas (veja Guedes) e apesar de nossos abundantes
recursos naturais, ficaremos sempre estagnados e dependentes de negociar
commodities, com preços negociados conforme bolsas de mercadorias,
baixo valor agregado e competição desigual, já que como comodities os produtos
são considerados como sendo próximos, sem distinção de qualidade, o que faz com
que os compradores tenham mais forças do que os vendedores na maioria das
vezes.
É preciso
entender educação é investimento e que leva a uma sociedade mais justa, que
cria valores econômicos e sociais. precisa de conhecimentos em
diversas áreas Os recursos acabaram ficando pouco tempo a mais no orçamento da
educação e, a partir de 2014 cada vez menos recursos são destinados para a
educação.
Além da revinculação dos recursos para
a área, a emenda determina a ampliação da obrigatoriedade do ensino a todas as
etapas da educação básica. Hoje, as matrículas são obrigatórias dos seis aos 14
anos de idade. A emenda constitucional prevê a universalização do atendimento
também na educação infantil e no ensino médio, ao ampliar a obrigatoriedade aos
alunos entre quatro e 17 anos. A universalização deve ser implementada por
estados e municípios, com o apoio do Ministério da Educação, até 2016.
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