Consta no art. 6º da
CRFB/88, por meio da EC nº 90/2015, que dentre os direitos sociais está a educação.
A educação segundo Musgrave (1987) é um dos exemplos clássicos de bens meritórios,
ou seja, bens que, embora possam ser providos pelo setor privado, são tidos
como imprescindíveis para toda a população, de modo que o Estado também acaba
tendo um papel importante na sua provisão, podendo arcar com todo o custo ou
parte dele, cobrando preços abaixo do de mercado.
É sabido também que é
de competência da União (art. 22 da CRFB/88) legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. Entretanto, existem
barreiras que não estão deixando a educação brasileira evoluir e se aproximar
dos países com educação de melhor qualidade do que a nossa. Estamos estagnados,
abaixo da média, por motivos que precisam ser discutidos e resolvidos. Até então
o que temos acompanhado é uma enorme confusão, com decisões equivocadas, fora
da realidade brasileira, por falta de conhecimento, capacidade, ideologias ou
mesmo por corrupção.
Com o governo do PT
houve um crescimento das Universidades e Institutos Federais, mas, muitos elefantes
brancos foram criados, justamente por falta de discussão entre profissionais da
educação, sociedade organizada e governo, elevando os gastos públicos, sem
efeitos na qualidade do ensino.
Por outro lado, temos
vivido atualmente uma possível manifestação para redução de investimentos em educação, bem como em saúde, favorecendo ao mercado, ou seja, à iniciativa privada. Entendo que o problema não é o ensino ser público ou
privado; o problema é não termos uma proposta deliberada para solucionar os problemas educacionais do Brasil.
Portanto, é relevante
que todos os profissionais ligados à educação se posicionem sempre quanto às
políticas ligadas à educação para que não tenhamos retrocessos ou estagnações.
Afinal, conhecimento, como bem disse Musgrave, é um dos bens meritórios e como
tal deve ser tratado.
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