segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Práticas Pedagógicas: podemos fazer benchmarking das melhores práticas pedagógicas?

 Por que não se copiar as melhores práticas no processo ensino-aprendizagem? 


Um dos fatores que influenciam no desempenho dos estudantes é o contexto socioeconômico em que eles vivem. Crianças e jovens cujos pais possuem menor escolaridade, menor nível de renda, são desempregados ou possuem ocupações de baixo prestígio econômico e social são mais propensas a apresentarem piores resultados educacionais, como o aprendizado em sala de aula. No PISA, a variável que representa o índice do status econômico, social e cultural (ESCS) é uma medida composta, construída com base em um tripé: nível educacional dos pais, nível ocupacional dos pais e um índice de bens domésticos, recursos educacionais e culturais presentes no domicílio. (OCDE, 2017, Inep 2018).

Portanto, já temos um primeiro fator que impacta na nota abaixo da média e na estagnação que vivemos em educação.

Internamente, a Nordeste (80%) é a que se apresenta mais abaixo da média dos países da OCDE, seguida da Norte (77%), Região Sudeste (70,8%), Região Sul (67,6%), e Centro-Oeste (67,3%). Portanto, existe uma diferença relevante em relação ao indicador socioeconômico, com impacto significativo nos resultados do Pisa 2018 e anteriores.  Dessa forma, pode-se afirmar que os resultados estão relacionados com a estagnação econômica, com a falta de mobilidade social, com desigualdade de renta e com a corrupção.

Comparando as escolas públicas e privadas, o resultado é o intuitivo mesmo, ou seja, nas escolas privadas a condição socioeconômico está abaixo da média dos países da OCDE: estadual (80,32%), municipal (83,91%) e federal (62,01%) e nas escolas privadas (32,07%).

Mas, existem outros fatores que impactam em nossas instituições de ensino que precisam ser detectadas. Por exemplo, entre escolas do mesmo nível socioeconômico, há escolas públicas superando os particulares; algumas escolas públicas tem resultados comparáveis ao de economias desenvolvidas. Portanto, poderia haver um benchmarking, ou seja, as melhores práticas pedagógicas poderiam ser compartilhadas. (Fundação Lemon).

Dessa pequena análise, o que se tem é que falta uma articulação por meio do Ministério da Educação, analisando os resultados das avaliações realizadas, seja do Enem, Enad, Pisa, ou outra que se julgar necessária, e que sejam identificados os motivos que levaram algumas instituições a terem melhores resultados, de forma que as melhores práticas possam ser adotadas e o Brasil ser melhor avaliado mundialmente.

Fonte: Inep. Recuperado de  < http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/documentos/2019/relatorio_PISA_2018_preliminar.pdf>;

Fundação Lemann < https://fundacaolemann.org.br/>.

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