Por que não se copiar as melhores práticas no processo ensino-aprendizagem?
Um dos fatores que influenciam no desempenho dos estudantes é o contexto socioeconômico em que eles vivem. Crianças e jovens cujos pais possuem menor escolaridade, menor nível de renda, são desempregados ou possuem ocupações de baixo prestígio econômico e social são mais propensas a apresentarem piores resultados educacionais, como o aprendizado em sala de aula. No PISA, a variável que representa o índice do status econômico, social e cultural (ESCS) é uma medida composta, construída com base em um tripé: nível educacional dos pais, nível ocupacional dos pais e um índice de bens domésticos, recursos educacionais e culturais presentes no domicílio. (OCDE, 2017, Inep 2018).
Portanto, já temos um primeiro fator
que impacta na nota abaixo da média e na estagnação que vivemos em educação.
Internamente, a Nordeste (80%) é a que se
apresenta mais abaixo da média dos países da OCDE, seguida da Norte (77%), Região
Sudeste (70,8%), Região Sul (67,6%), e Centro-Oeste (67,3%). Portanto, existe
uma diferença relevante em relação ao indicador socioeconômico, com impacto
significativo nos resultados do Pisa 2018 e anteriores. Dessa forma, pode-se afirmar que os resultados
estão relacionados com a estagnação econômica, com a falta de mobilidade
social, com desigualdade de renta e com a corrupção.
Comparando as escolas públicas e privadas,
o resultado é o intuitivo mesmo, ou seja, nas escolas privadas a condição socioeconômico
está abaixo da média dos países da OCDE: estadual (80,32%), municipal (83,91%)
e federal (62,01%) e nas escolas privadas (32,07%).
Mas, existem outros fatores que
impactam em nossas instituições de ensino que precisam ser detectadas. Por exemplo,
entre escolas do mesmo nível socioeconômico, há escolas públicas superando os
particulares; algumas escolas públicas tem resultados comparáveis ao de
economias desenvolvidas. Portanto, poderia haver um benchmarking, ou seja,
as melhores práticas pedagógicas poderiam ser compartilhadas. (Fundação Lemon).
Dessa pequena análise, o que se tem é
que falta uma articulação por meio do Ministério da Educação, analisando os
resultados das avaliações realizadas, seja do Enem, Enad, Pisa, ou outra que se
julgar necessária, e que sejam identificados os motivos que levaram algumas instituições
a terem melhores resultados, de forma que as melhores práticas possam ser
adotadas e o Brasil ser melhor avaliado mundialmente.
Fonte: Inep. Recuperado de < http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/documentos/2019/relatorio_PISA_2018_preliminar.pdf>;
Fundação Lemann < https://fundacaolemann.org.br/>.
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